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Modelo de segurança

Já percebeu como sabemos tanta coisa na teoria mas temos grande dificuldade em pôr isso em prática?

Isso ficou evidente para mim ao ler a frase “Não existe modelo de segurança. Quanto mais você tentar, mais irá fracassar.” no livro A Fórmula da Felicidade de Mo Gawdat.

Inúmeras vezes, em situações diversas, já ouvi frases do tipo:
só é possível acertar se você tentar;
você perde 100% das vezes que não tenta;
para cada acerto há inúmeros erros que não são divulgados;

entre outras.

Contudo, apesar de ter ouvido, lido e, principalmente, concordado com estes dizeres, ficam as perguntas:
Por que ainda sou tão temente a mudança?
Por que ainda tenho tanto receio de arriscar?
Por que ainda tenho tanto medo de tentar algo diferente?
Por que ainda tenho tanto temor de me expor, de experimentar?

Se eu conseguir responder satisfatoriamente a estas questões, encontrarei então a resposta de o por que, depois de ter tantas ideias interessantes, todas permanecerem no mundo das ideias até o presente momento?

Como bem disse Steve Jobs em seu discurso, a morte é certa para todos. É uma das poucas certezas que temos. Dentro de algumas décadas, não estarei mais neste plano e apenas meus legados ficarão. Não seria isso motivo suficiente para vencer a timidez, o receio de passar vergonha, de não ser aceito, de falhar?

Porque ainda continuo tão reticente?

Após muitas leituras e conversas, uma descoberta foi esclarecedora. Meu cérebro estava me sabotando dia após dia. Em outras palavras, eu estava permitindo que ele fizesse isso.

Instinto de sobrevivência?

Fato é que minha mente estava repleta do que a psicologia chama de “pensamentos automáticos disfuncionais”, pensamentos que brotam de forma automática sem uma reflexão, sem uma sequência lógica de ideias, aqueles pensamentos que brotam de forma automática e normalmente distorcendo os fatos, nos fazendo acreditar que a realidade diante de nossos olhos é mais tenebrosa do que de fato é.

Como é possível imaginar, estes pensamentos nos levam a uma interpretação equivocada da realidade.

Sabe aquelas vozinhas dentro da sua cabeça?
“nossa, devem estar me achando ridículo”;
“preciso cortar esse meu cabelo, estão todos me olhando”;
“nunca mais uso essa roupa, estão todos me olhando, estou ridículo”.


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Acredite, 99.9% destes pensamentos são disfuncionais, não são condizentes com a realidade e os motivos para isso acontecer são diversos. Apenas um profissional pode auxiliar na tarefa de identificação.

Uma vez identificados, a melhor forma de ir eliminando estes “diabinhos destrutivos” é questioná-los. Isso mesmo. Buscar alguma evidência que comprove esses pensamentos. No meu caso, constatamos que a grande maioria era pura ilusão. Não havia fatos concretos que comprovasse ou contribuísse para a veracidade de tais pensamentos.

Será este o primeiro passo?

Espero que sim 🙂

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Wagner Gaspar

Capixaba de São Gabriel da Palha, Espírito Santo. Bacharel em Ciência da Computação pela Universidade Federal do Amazonas e mestre em informática pela Universidade Federal do Espírito Santo.