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A Rainha Vermelha

Victoria Aveyard
Ed. Seguinte
2015

Normalmente começo elogiando as obras para só depois tecer algumas críticas. Neste caso farei diferente. Vamos começar pelas críticas.

Já nos primeiros parágrafos algo começou a soar estranho em minha cabeça. Eu estava com dificuldade de criar o universo proposto pela autora. Hora parecia uma Terra futurista, hora parecia um período medieval com monarquias e reinos. Na verdade é uma mistura dos dois.

A história se passa em um reino. Sim, com um rei e uma rainha e toda aquela parafernália que cerca uma monarquia, já em guerra com outro reino a mais de um século. Palácios suntuosos, muita riqueza e ostentação. Mas também muita modernidade, câmeras de vigilância em cada praça e prédios reais, veículos modernos e luxuosos, armas automáticas, fuzis. Há até um príncipe que projeta motos na garagem do palácio. No início foi meio estranho montar esse mundo na minha cabeça.

Outra crítica é ao nome do primeiro volume desse quarteto, “A Rainha Vermelha”. Bom, como todo bom leitor fiquei imaginando as justificativas: uma assassina real; depois uma relação ao sangue… mas não. Há em todo o livro uma ou duas menções ao termo “rainha vermelha” e nada mais. Então… se há algo mais, está por vir nas próximas obras, logo, estou até agora tentando entender de onde raios tiraram esse nome para o primeiro livro!

Dito isso, vamos ao que interessa.

A verdade é que, passado alguns capítulos, a história se torna tão envolvente, tão cheia de ação, que pouco importa se o príncipe projeta motos na garagem do palácio, se possuem câmeras de monitoramento e armas automáticas e uma monarquia.

Como muitas das histórias fantásticas, o enredo se baseia em tramas políticas, traições, trapaças, muitas festas reais e injustiças claro. A sociedade é dividida em dois grupos bem distintos: os prateados e os vermelhos.

Os prateados detêm o poder, a riqueza, controlam o mundo. Uma mutação genética, uma evolução biológica, fez com que alguns humanos desenvolvessem habilidades especiais, controlar a água, o fogo, o vento, o ferro, ler mentes, dentre uma infinidade de outras habilidades fantásticas. A característica de quem possuía alguma dessas habilidades era seu sangue, seu sangue prateado.

Por outro lado, os vermelhos, eram os inferiores, os que não evoluíram, os que não possuíam nenhuma habilidade especial, os escravos, os trabalhadores, os soldados que lutavam as guerras dos prateados.

Durante uma prova real, onde princesas prateadas demonstravam suas habilidades especiais ao príncipe na expectativa de serem escolhidas e se tornarem a futura rainha, uma criada, uma vermelha, cai de encontro ao campo de energia que protegia a plateia dos poderes mortais das princesas que se apresentavam.

Ninguém se preocupou. Era uma vermelha, uma inútil, fácil de substituir. Apenas teriam que suportar o desagradável cheiro de carne queimada. Porque prateados, poderosos, se preocupariam com uma vermelha?

Porém, todos se preocuparam. Assim que perceberam que a moça não morrera, assim que perceberam que a moça não fora frita, que ela ainda respirava.

Todos se preocuparam ainda mais quando perceberam que uma vermelha tinha o poder sobre a energia, algo que nem mesmo os prateados tinham.

A história é tão envolvente que os capítulos finais foram devorados em uma única noite. Eu literalmente não ia conseguir dormir sem saber o final da história. Mas aí veio outro dilema: ir dormir já de madrugada sem pensar no segundo volume, ou iniciar logo sua leitura? A história é muito boa.

Observação: terminei a leitura deste livro em fevereiro, mas por algum motivo obscuro postei a resenha em vídeo (a seguir) mas esqueci o texto rsrs.

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Wagner Gaspar

Capixaba de São Gabriel da Palha, Espírito Santo. Bacharel em Ciência da Computação pela Universidade Federal do Amazonas e mestre em informática pela Universidade Federal do Espírito Santo.