Me chame pelo seu nome
André Aciman
Ed. Intrínseca
2018
Depois de ler “Com amor, Simon” de Becky Albertalli, também publicado pela Intrínseca, e da boa repercussão do livro e sua adaptação para o cinema, fiquei na expectativa de encontrar uma grande história nesta leitura, expectativa que não foi totalmente atingida.
De forma geral, o autor conta a história de dois rapazes que vão se descobrindo, se conhecendo e se entregando aos poucos, Oliver e Elio.
Elio é filho de um professor acadêmico que tinha o hábito de, todo ano, acolher em sua casa, no litoral italiano, um estudante de pós graduação durante algumas semanas do verão. Foi assim que Elio, um garoto jovem, ainda no ensino médio, conheceu Oliver, o estudante e escritor que ficaria em sua casa, em seu quarto, em sua cama, por algumas semanas.
A história não prende a atenção. Não envolve o suficiente. É uma longa narrativa com poucos diálogos, quase um monólogo. Por vezes a leitura é cansativa, com longas descrições do que poderia ter acontecido se o personagem tivesse feito isso ou aquilo. É quase como estar dentro da cabeça de um adolescente, ouvindo todos os seus pensamentos, e isso pode ser bem irritante as vezes, acredite.
Para quem leu “Com amor, Simon”, espere por uma história bem diferente, sem muito romance, alguns palavrões, e a narrativa de algumas cenas bem picantes que podem pegar os desavisados de surpresa.
Ironicamente, a última parte do livro (parte 4), as últimas 45 páginas, foram as mais interessantes, revelando alguns detalhes do passado e alguns acontecimentos futuros na vida dos dois personagens principais.
Bom, esta foi a minha opinião sobre o livro. Uma história longa para poucos acontecimentos. Se você já leu a obra, conte-me aí nos comentários o que achou.
