Se você é uma daquelas pessoas que não se contenta em trabalhar das 8 as 17, cinco ou seis dias por semana para, ocasionalmente, tirar alguns dias de férias, muito provavelmente sem poder viajar por motivos financeiros, talvez esse livro te interesse.
O foco deste livro não é trabalhar 4 horas por semana apenas para ter mais tempo vago, ficar atoa, vagabundando pela vida, mas sim, ter mais tempo vago para realizar seus planos, por suas ideias em prática, realizar seus sonhos, buscar uma independência financeira e sim, receber mini aposentadorias ao longo da vida.
Afinal, por que a aposentadoria deve ser um paraíso distante a ser usufruído apenas no fim da vida?
Seguindo esta linha, o autor inicia fazendo uma reflexão sobre a nossa forma de pensar, ou a forma de pensar da grande maioria das pessoas, que é: como a vida é difícil!
Já pararam pra pensar nisso? É uma ideia tão arraigada em nossa mente que quando algo parece ser fácil demais logo pensamos que tem algo errado, pois a vida é difícil!
– Nossa Wagner, mas a vida não é difícil? Como dizer isso para milhares de pessoas desempregadas ou mesmo famintas?
Vamos por partes.
Estes são problemas estruturais que advêm de uma nação má administrada, corrupção, ensino de má qualidade e uma série de outros fatores que não estão sob controle de cada indivíduo. Contudo, perceba que, mesmo cada um não tendo nenhum poder sobre tudo isso que citei, cada um tem total poder sobre sua própria vida.
A educação pública pode ser vergonhosa, mas cada um pode escolher estudar mais para suprir essa deficiência. Porém, o pensamento da grande maioria é justamente o contrário: “haaa, a educação é uma merda então isso não vai me ajudar em nada mesmo!” e aqui está o ponto chave sobre a vida ser difícil.
Se os problemas estruturais citados anteriormente fossem impeditivos, perceba que ninguém teria sucesso em nada, e não é o que acontece!
Quando internalizamos, quando realmente acreditamos que tudo é difícil, primeiro: duvidamos quando as coisas começam a dar certo e ficamos procurando problemas onde não há. Segundo: procuramos uma sombra, nos encostamos em um emprego que paga nossas contas e deixamos a vida passar porque a vida é difícil e eu não quero ter mais trabalho.
Essa ideia se torna a principal justificativa para não tentarmos nada diferente, para não desenvolvermos nossas ideias, para não empreender. Resumindo, são as suas crenças que regem sua vida. Ninguém tenta fazer nada do qual não acredita que terá sucesso. Acredito que a vida é difícil, então não faço mais nada além de trabalhar em algo que provavelmente não gosto para pagar minhas contas. Como consequência direta de trabalhar em algo que não gosto para apenas pagar as contas, a vida será sim difícil, difícil e triste.
Na sequência, o autor apresenta o conceito de Novos Ricos (NR), pessoas que não ganham tanto dinheiro, mas ganham o suficiente para tirar três ou quatro períodos de férias por ano, onde quiserem.
O dilema que o autor se propõe a discutir é: para que ganhar milhões por ano se você precisa trabalhar em média seis dias por semana, 10 horas ou mais por dia? Isso é saudável? Como usufruir de todo esse dinheiro se, justamente para ter esse dinheiro, você tem noites maus dormidas e nenhum período de férias?
Então, o que os Novos Ricos (NR) fazem?
Esta é a pergunta que o autor se propõe a responder, sendo ele mesmo um NR.
Caminhando em direção às respostas para a pergunta anterior, o autor dá outra tacada (bem no meio das pernas): você é uma pessoa ocupada ou produtiva?
Você já parou para pensar o que é ser ocupado versus ser produtivo?
Você pode passar o dia inteiro fazendo coisas, na frente do computador, respondendo e-mails, etc, contudo, chegar ao final do dia com aquela sensação de que você não fez nada que de fato resolvesse algum problema ou que trouxesse algum lucro para sua empresa.
Cuidado, essa sensação pode ser real.
Ser produtivo, por outro lado é, acima de tudo, ter foco, delegar para outras pessoas tudo aquilo que é secundário e se preocupar com aquilo que é fundamental para seu negócio funcionar e continuar ou começar a te trazer lucro.
Pense um pouco sobre isso.
Trilhando este caminho, apresentando os NR e discutindo as diferenças entre ser ocupado e ser produtivo, o autor segue apresentando como ele próprio automatizou inúmeras partes de sua vida.
Mas, antes da automatização, pense que é necessário que haja algo a ser automatizado. Aqui o autor traz outra ideia fundamental na vida dos Novos Ricos. Você precisa encontrar algo que esteja “colocando” dinheiro em sua conta enquanto você dorme.
Como assim Wagner?
Falando dessa forma parece estranho. Parece até aquelas correntes do finado Orkut, que depois se tornaram correntes do Facebook e atualmente são correntes do Whatsapp. Mas não, não é uma corrente milagrosa rsrsrs.
Pense por um momento em um escritor. Ele dedica muito tempo na produção de uma nova obra. Uma vez que a obra está pronta, ele precisa decidir como divulgá-la e vendê-la, o que não é tão difícil com tudo que a internet possibilita hoje. Perceba que, uma vez que a obra está finalizada, o autor pode estar dormindo em qualquer lugar do universo que, quando alguém comprar o seu livro, uma pequena quantia estará entrando em sua conta bancária.
Perceba que o esforço já foi feito, escrever o livro, agora ele pode vender inúmeras cópias. Perceba a diferença com uma pintura em tela que, após finalizada, o pintor não pode vender várias, pois há apenas uma tela pintada.
A mesma analogia pode ser feita para a música. Uma vez finalizada a produção e edição da música, inúmeras cópias podem ser vendidas independente do que o músico esteja fazendo naquele momento, que pode ser a produção de outra música.
Aqui, o autor trabalha com a ideia de “produto escalável”. Um livro ou uma música são escaláveis, você produz uma vez e pode vender várias cópias. Uma pintura em tela não é escalável, para cada tela pintada você pode vender apenas uma.
Seguindo este raciocínio, o autor chega à automatização. Ele diz que chegou a gastar várias horas todos os dias apenas lendo e respondendo e-mails, lidando com fornecedores. Hoje ele faz isso com menos de uma hora por semana. Assistentes pessoais super baratos (chineses ou indianos que falam e escrevem bem inglês) resolvem QUASE tudo, encaminhando para seu e-mail pessoal apenas aquilo que não podem resolver e precisa de sua atenção.
Contudo, para não dizer que são apenas elogios, há também algumas críticas à abordagem do autor.
Primeiro, que ele propõe alguns passos não muito éticos, DO MEU PONTO DE VISTA, quando um funcionário está tentando migrar da rotina diário de trabalho para as primeiras experiências de trabalho remoto e encontra resistência por parte do empregador.
Em segundo, o autor acaba por recomendar a automatização de quase tudo. Ok, se você trabalha com venda de produtos físicos, a automatização pode tornar tudo mais rápido e acertado. Contudo, em algumas situações, acaba por ficar um processo muito mecanizado, sem emoção, sem muita atenção ao cliente, que pode ser prejudicial em algum grau.
De forma geral, a considero uma excelente obra e deixo a minha recomendação de leitura, especialmente se você, assim como eu, é inquieto e busca uma forma de se tornar financeiramente independente.
É um chamado à AÇÃO.
E você, o que anda lendo? Compartilhe aí nos comentários.
Boa leitura e até a próxima.