Nossa, programar é tão difícil!
Bem…, talvez seja por que a vida é difícil, ou assim nós a tornamos!
Afinal, usamos conceitos de programação praticamente todos os momentos da vida. Ou será a programação que é inspirada na vida do dia-a-dia?
Se amanhã fizer sol, irei à praia, senão ficarei em casa lendo um livro e tomando café (convenhamos, café é vida rsrs).
Na programação isso nada mais é que a estrutura de controle “if” e “else”.
if = se
else = senão
Reescrevendo a frase dita anteriormente, poderia ficar assim:
se(amanhã fizer sol){
irei à praia;
}
senão{
ficarei em casa lendo um livro e tomando café;
}
Na maioria das linguagens de programação ficaria assim:
if(condição){ ações(); } else{ outras ações(); }
É simples perceber que há uma condição que precisa ser satisfeita (presença de sol), para então irmos à praia, caso contrário, ficaremos em casa lendo e tomando café.
Também é importante perceber que é uma estrutura excludente, ou seja, apenas uma das condições será satisfeita, o “se” ou o “senão”. O mesmo ocorre na frase analisada. Da forma como foi colocada, ou iremos à praia, ou ficaremos em casa lendo e tomando café
Vejamos outras situações.
O que são nossos dias de vida senão uma repetição sucessiva de 24 horas (e quase 1 minuto) enquanto nosso coração está batendo em nosso peito?
Em outras palavras, enquanto o coração bater, o sujeito está vivo.
Nossa Wagner, você merece o nobel por esta constatação!
Brincadeiras à parte, isso nada mais é que um comando de repetição com uma condição, ou o “enquanto”. Assim:
enquanto(coração bater){
continuar o que estava fazendo;
}
morreu;
que na maioria das linguagens de programação pode ser escrito mais ou menos assim:
while(condição a ser verificada){ // ações a serem realizadas; } // ações a serem executadas apenas quando o while terminar;
Mas, se você é daqueles que acredita que nós já nascemos com um destino traçado, tipo, morreremos em casa com 79 anos numa noite solitária de inverno. Bem, também podemos fazer isso.
Se o indivíduo viverá, vejamos, 28.835 dias (79 anos vezes 365 dias), podemos então criar um contador chamado “dias” para armazenar a quantidade de dias que ele já viveu. No dia de seu nascimento este contador receberá o valor 1, e a cada dia que passar, ele será incrementado em 1 unidade. Assim temos:
para (dias = 1; dias <= 28.835; dias ++){
acordar();
comer();
trabalhar();
dormir();
}
Assim, a cada dia que o indivíduo viver, o contador dias será incrementado em 1 unidade (dias ++). Quando o indivíduo viver toda sua vida, o contador será igual a 28.835. Assim, quando for incrementado com mais 1 unidade, a verificação “dias menor ou igual a 28.835” será falsa, e então o indivíduo bateu a cacholeta (ou as botas como dizem em algumas regiões).
Em muitas linguagens de programação isso pode ser feito como segue:
int dias; // variável para guardar números inteiros. for(dias = 1; dias <= 28.835; dias ++){ acordar(); comer(); trabalhar(); dormir(); }
Fato é que a programação faz parte do nosso dia a dia.
Todos os dias executamos inúmeros algoritmos (passos necessários para a realização de uma tarefa), apenas não nos damos conta disso.
Assim, concluímos que, não importa se é com o coração parando de bater ou com o “for” de sua vida chegando ao fim, um leva ao outro e em ambos os casos o pobre coitado vai morrer, ou como diria Chicó (ou Ariano Suassuna), “cumpriu sua sentença. Encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca do nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados, porque tudo o que é vivo, morre.”
E aí? Se lembrou de alguma situação que parece um “se”, um “enquanto” ou um “para”? Compartilhe abaixo nos comentários.
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